sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Adolescência x Velhice

[jovem]
Vai furar mais uma fila
Bebedor de clorofila
Porta-voz dos vegetais
Desse mês não passa mais

[idoso]
A idade pesa na orelha
Eu sou lobo e não ovelha
Mas minha carcaça velha
Inda guenta um mês mais
Se hoje eu tô muito cinza
Se acordei todo ranzinza
É pra não dormir jamais

[jovem]
Se não paga mais transporte
Tá com um pézinho na morte
E o outro pézinho atrás
Só vive me dando esporro
Se fico parado ou corro
Se calo ou falo demais
Só destila rabugice
Fala mal té dos meus pirce
Das tatoos e meus blue-eyes

[idoso]
Pensa que eu tô muito mal
Que eu tô gagá, o escambau!
Você não sabe, ô rapaz:
Tudo que vivi transborda
Da cuca desse calhorda
Pois não cabe nada mais
Saco cheio, cuca cheia
Meia bomba, sombra-e-meia
Tô assíduo em hospitais

[jovem]
Não escuta, passa mal
Comedor de bacalhau
Anda só na contra mão
Caga mole, peida e foge
Não lembra que dia é hoje
Com a visita do alemão

[idoso]
Já você, embora jovem,
Tá mais surdo que Beethoven
No finzinho dos finais
Tá mais cego que Tirésias
Você tem mais amnésias
Que todos peixes mundiais

[jovem]
Repete tudo dez vezes
Só te dou mais alguns meses
Já tá pra lá dos Bagdás
Ô velhinho, que vexame,
Vá pras tumba e se embalsame
Junto com seus ancestrais.

[idoso]
Você não veio do barro
Veio do burro, ô bizarro,
Não leu da placa os sinais
Que dão, por leis federais,
Préstimos preferenciais
A pessoas especiais
Gestante, etcétera e tais
Que como eu, ademais,
Têm tantos uis, tantos ais
Quanto um desfile de vogais
Cê quer saber o que faz?
Vá tomar nos seus anais
Seu filhinho de papais!

André e Lê

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Sou

Durmo tarde e acordo cedo.
Vivo cedo e morro tarde.
Confiante durmo, acordo covarde.
Mato-me corajoso, mas vivo medo.

Morro coragens e medonho vivo.
Cedo sonambulismos e retardo o sono. 
Sequestrador, sou o meu cativo.
Sou meu escravo, sou meu dono.


Dureza


Falei para o Jairo que ele tem um coração de ouro e ele saiu correndo para a loja de penhores...

faroberto

Crença


Duendes não acreditam em Enriques!

faroberto

Beabá

Marili me ensinou o beabá. Por isso é que fiquei assim, meio beabado.

Humanas


Enrique é físico, mas sempre rolou química entre ele e Marili.

faroberto

Chuveiro


Enrique tem muita resistência para beber. O problema é que resistência cedo ou tarde queima.

faroberto

Tônico

Uma aula com Enrique já faz nascer barbas em seu pensamento.

Quantum

Enrique aprendeu a beber cerveja com a turma braba. Mas a questão dele sempre foi apenas saber quânticos litros ele aguenta!

Texto


O Enrique não gosta de texto com má...temática.

faroberto

Fatos verídicos

Enrique é sedentário? Quero ver alguém fazer mais exercício físico que ele.

ps: e ainda por cima andar de bicicleta fumando cachimbo carregando 5 livros debaixo do sovaco.

Outras Linhas


Enrique escreve em Marilinhas.

faroberto

Galão

André-Celi não me convidou ao seu casamento. Ainda bem, senão eu ia ter que cantar de gala.

LINHAS


André cantou de galo ao escrever algumas galinhas.

faroberto

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

De certo 2

Leandro escreve bêbado por linhas bounce*.

André

*O que é bounce?
Pergunte pro Jairo.

De certo

Fábio escreve torto por linhas bêbadas.

André

Diz que trabalha

Trabaleandro?
Que se fonta!

André

André, o ecológico

Preocupado com os desmatamentos das florestas mundiais, André, o ex-critor, aboliu o papel de sua vida. Depois, antecipando às complicações de energia que no futuro irromperão, absteve-se até do próprio iPad. 
Mas não se preocupem! Nada está perdido. Há indícios de que André está aprimorando a escrita telepática!

APOIO


Jairo, maxi experiente em abster-se de escrever e virar saco de pancadas nos Poemas Brabos, manifesta amplo, geral e irrestrito apoio ao André neste momento difícil. Para provar isso está convidando o amigo para a não realização de uma composição, parceria que não existindo ficará para sempre assim registrada em nosso esquecimento.

faroberto

Provérbio sem verbo

André certo por linhas tortas.

(Frase desconexa, mas tem sentido, já que André parece que não escreve mais.)

Artes Marciais

Protege aos poetas 
(cujas canções indefesas) 
a tua voz faixa-preta! 


* Para Márcia Salomon, cujo próximo lindo CD (MINHA TRIBO) é composto de algumas canções de autoria de Fábio Roberto e deste que vos escreve.


Futebol Arte

Não convidem André para um jogo de futebol. Vai que sem querer ele faz um gol de letra,,,

faroberto

Em Cheque


André está tão sem inspiração para escrever que nem cheque está assinando.

faroberto

Nos dias improfícuos

Não estranhem o fato de André não conseguir escrever nada ultimamente. Parece que a rinite acabou com sua inspiração.

Avaliação

Sou a favor de exames, trabalhos, lição de casa e provas de avaliação no ensino musical. Nada mais justo para o musicista do que se esforçar para ganhar uma nota.

Elasticidade do aúúúúú

Cão de borracha látex pra lua.

Haicai de aú

Cão que morde a própria língua
mertiolate a noite inteira
enquanto a lua míngua.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Escárnio

Enquanto outro se matava de trabalhar, aposentadoria.

faroberto


NAS NOITES POÉTICAS


Não estranhem se nessa noite houver confusão. Apenas ...Fábio e Leandro fazendo uma composição.
Marili

NAS NOITES DE CRIAÇÃO

Quando faz poesia o André diz que está trabaleandro.

faroberto

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

INSONIA

O Simão não dorme porque o Jairo fica fazendo acorde.

faroberto

PERGUNTELHAS

Jogador de futebol dá caneta para jogar na linha?

faroberto

Nas Horas de Dormir


Só uma pessoa Sarah a insonia do Leandro.

faroberto


Nas Horas de Lazer


Jairo é um workalcoolic.

faroberto

Nas Horas de Descanso

André é tão atleta que quando chega em casa logo veste polichinelos.

faroberto

domingo, 25 de novembro de 2012

Nas horas de rachar a conta

Não estranhem. Juro que aprendo a dividir quando encontrar um meio de ficar rico.

Nos dias úteis

Não estranhem se André, Napoleão moderno, agitar virtualmente a turma braba para um churras na casa do Jairo. Pare ele, os afins justificam os e-mails.


Nos Dias Escuros


Não estranhem Marili sempre à meia-luz. É que ela detesta o espocar dos flashs.

faroberto

Nos Dias de Outrora


Não estranhem se o Jairo aparecer com meio-nariz. Provavelmente colocou a outra metade onde não deve...

faroberto

Nas Noites Que Não Acabam


Não estranhem se o Leandro uivar à meia-noite. É apenas ansiedade pelo resto da noite.

faroberto

Nos dias de solidão

Não estranhem se o Fábio disser que não acredita em alma gêmea. Para ele, cara-metade é um conceito meia-boca.

NOS DIAS DO FUTURO


Não estranhem se André disser que está na meia-idade. É que ele quer se ajustar a uma possível calvície precoce.

faroberto

NOS DIAS DE FRIO


Não estranhem se o Leandro proferir meias-palavras. Ele as veste para aquecer seus textos.

faroberto

sábado, 24 de novembro de 2012

Nos dias de calor

Não estranhem se o Fábio disser que está usando meia-calça. Para ele, bermuda é uma calça pela metade.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

O RELÓGIO E A BÚSSOLA


Relógio lembra quando deu
(foi numa tarde, precisamente às 15 horas)
o primeiro beijo em Bússola;
só não sabe onde.

Bússola sabe com exatidão 
onde foi (num parque da zona Sul) 
que beijou o tímido Relógio;
só não lembra quando.

Espaço e Tempo se fundem
no momento em que Bússola
se afunda, se afunila, 
se afoga e se afaga em Relógio;
assim sabem que existem mesmo
só não sabem como.

Tempo e Espaço se exp'rimentam
na direção em que Relógio
se transforma, se deita,
se ajeita e se aproveita de Bússola;
assim lembram que existem mesmo 
só não conseguem lembrar por quê.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Sulfite *


Que seria de sulfite sem grafite?
Haveria mente em que Nietzsche habite?
Felicidade não se omite
Nem gol que não se grite
Namore, beije, fite
Tenha um amor que não imite
Não leve nada, termine a vida quite
Beba, chore, grite, pite
Nessa vida coisa boa não tem limite


André

*Resposta à postagem da Marili no Face.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

AO... POEMA AO CAEIRO



E se um dia, findo o livro que vivo e escrevo
A cada segundo contado
E a cada passo dado
Alguém o ler com os olhos
E não n' alma sentir
Será como visitar o sepulcro
E minha lápide
Chorar os meus restos
E não lembrar de mim

Por isso deixo grafadas essas letras mortas
Pegadas de meus passos
Para que pensem e saibam
Que elas estão mais vivas
E sinceras em meu coração
Que sente e vê do que o horizonte
Mais

Leandro Henrique


Ps.: trecho que ousadamente musiquei de "Poema Ao Caeiro" . 
Não preciso explicar.
fÁBIO rOBERTO

sábado, 3 de novembro de 2012

Samba de uma Coca só


Já tomei muita caninha, muito vinho, muito chá
Tomei chá de erva daninha, uísque junto ao guaraná
Já sofri a consequência de ressaca e bafafá
Ao beber álcool zulu com yakult no Amapá

Quanta gente existe por aí que bebe um pouco e já desaba,
num guenta nada
Já me utilizei de quase tudo que é bebida destilada, 
não sobrou nada

Mas pedir aquela Coca foi o cúmulo, pois é
Um golinho fez a foca nunca mais ficar de pé
E quem quer licor, batida, breja, pinga, rum, gim, mé
Evite o alô-diabo: "Coca-cola, aqui? Jamé!" 


sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Samba de uma foca só


Já comi muita sardinha contra uma foca só
Ostras brotarão no mar, catacrase é uma dó
Resta outra abstinência que acabo de bater
Como toda abstinência Maquiavel eu voltei

Certamente insiste por aqui quebrar encanto e diz que é braba, é quase nada.
Já que culminei todas as pragas no sarau não rolou nada, não deu em nada

Terminei a minha cota, como volto a escrever
Vou te dar uma canhota, sempre a postos pra você
E quem quer levar canhota, rela em mim toma sem dó
Se tá sem vê se apruma, contra uma foca só

André

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

SAUDADE

Quando
se olha ao espelho
colhe a última
escreve a final linha
perde o sapato
empresta o livro
quebra a vitrola
fica sem ver
não cabe mais
não toca
já lembra doído
já sonha com aquilo
sente
não sente
ressente
tempo vivido
morte parida
cheiro, muito cheiro, muito cheiro...

MARILI DEPOIS DAS DOSAGENS CERTAS DE BESTEIROL!

BULTIBROMETO DE ESCAPOLAMINA (BRABOL)

Remedinho receitado para combater as cólicas raivosas do André quando acessa Poemas Brabos.

faroberto

NOCOL

Remédio que Fábio e Leandro devem tomar sem falta três vezes ao dia.
Indicado para tratamento de naumeirrite aguda!

André

A COMISSÃO DE ANDRÉ


Foca foi paga pra ficar quieta
e mui bem paga: em cash!
(não em sardinha ou peixe)
Por que se afasta, se ejeta?
Aceita de bom grado o suborno?
Não sacode, não se mexe.
Não restarta, não reseta.
Deixou assim de ser poeta
para ser só mais um morno?

André tornou-se um biônico?
Seu cérebro eletrônico deu tilt?
Apertou o botão mute?
Virou asceta ou maçônico?
Está passando por transtorno?
Ou se menospreza, humilde?
Está em estado crônico?
Escrevo esse poema irônico
enquanto aguardo seu retorno.


A omissão de André

André tirou time de campo
Pendurou suas chuteiras
Pegou gripe, sarampo
Não passou nas peneiras

Não passou no anti-doping
Não joga mais nesse time
Foi passear no shopping
De palavras faz regime

André agora é omisso
Tomou chá de sumiço
Transformou-se em caramujo 

André, outrora Aguirra
Não mais He-man, hoje She-ha
Vulgo André Araújo.

FORMOL

Remedinho que o Fábio precisa tomar para aguentar ficar acordado lendo e escrevendo bobagens.

faroberto

Cachecol

Remedinho que Fábio toma para conter sua frieza.

LENÇOL

Remedinho que o Leandro precisa tomar para acordar cedo.

faroberto

SOL

Remedinho que o Carlão está tomando.

faroberto